Árvore, cujo pomo, belo e brando
Árvore, cujo pomo, belo e brando,
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
nunca da ira e do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de ar te seja extinta
a cor, que está teu fruito debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
5 comentários:
Gosto desta foto. Tiraste com alguma objectiva xpto ou trabalhaste-a depois?
Abraço
A obejctiva é uma 20mm 2.8 para mim é xpto, a que mais uso, depois apenas lhe escureci os cantos.
Cumps.
Gostei do espaço amigo lunatik. Excelentes fotos e boa música por aqui.
Beijinho
lonely afroditada.
Camões era um naturalista...
Provavelmente um ecológico...
Abraço
Está sublime ...
A foto ... e o poema não tem tradução ... belo simplesmente ... porque o belo atinge o esplendor e palavras tornam-se supérfluas ...
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